O funeral do líder sul-africano
Nelson Mandela, aos 95 anos em Pretória, deve durar 12 dias, segundo reportagem
divulgada no site do jornal britânico “The Guardian”.
A morte de Mandela foi anunciada
pelo presidente da África do Sul, Jacob Zuma, que disse: “Ao nosso amado Madiba
(como Mandela era carinhosamente chamado), será concedido um funeral com honras
de chefe de Estado”.
Ainda segundo o jornal, o funeral
do líder sul-africano deve entrar para a história como um dos maiores eventos
já realizados no continente. A organização necessária para prepará-lo tem sido
comparada à abertura e ao encerramento da Copa do Mundo de 2010, na África do
Sul, a uma posse presidencial e a uma coroação real – todas juntas.
O evento deve “rivalizar” com o
funeral do Papa João Paulo II, em 2005, que contou com a presença de cinco
reis, seis rainhas, 70 presidentes e primeiros-ministros, além de 2 milhões de
fiéis. O equivalente britânico mais próximo pode ter sido o enterro do chefe de
Estado Winston Churchill, em 1965, assinala o “Guardian”.
Exemplo de vida
Nelson Mandela foi condenado à
prisão perpétua em 1964, saiu da cadeia depois de 27 anos para ser o presidente
da África do Sul: com resistência e esperança.
Devido sua vida ser exemplo para
todos os povos, em 2010 foi criado o “Dia Internacional Nelson Mandela”, por
determinação da Organização das Nações Unidas.
Durante as comemorações deste ano,
uma das instituições que homenagearam Nelson Mandela nesse foi a Igreja
Metodista, a qual o líder reconhecia como sua igreja, desde os tempos de
menino, quando foi educado numa escola metodista da África do Sul. Em 1999, já
como presidente do país, Mandela afirmou: “Durante todos os anos de opressão e
discriminação, a religião deu ao povo incontável determinação e o compromisso
para resistir à desumanidade. Muitos extraíram da religião a coragem para
sobreviver à dor (…). Nós recordamos como os organismos religiosos foram
responsáveis pela instrução dos milhões de africanos do sul quando o governo
nos negou. Nós recordamos como durante nossos anos na prisão a nossa igreja e
outras comunidades religiosas nos atenderam, trazendo o cuidado e o incentivo
espirituais através dos capelães que nos visitaram; e importando-se com nossas
famílias quando nós não podíamos assisti-las (…)”.
Thomas Kemper, chefe executivo da
Junta Geral de Ministérios Globais da Igreja Metodista Unida, testemunha que,
durante sua infância na Alemanha, via Mandela como um herói. “Ele representou o
melhor de nossa tradição metodista e mostrou coragem e determinação em face de
enormes dificuldades”.
Nos Estados Unidos, Mandela teve
“uma enorme influência sobre os líderes do movimento dos direitos civis e da
igreja negra”, lembrou o Bispo Melvin Talbert, que ajudou o Conselho Mundial de
Igrejas a monitorar a eleição presidencial de 1994 na África do Sul. “Seu
legado viverá pelas gerações vindouras”.
Fonte: UMESP e G1
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