Matéria do jornal O Estado de S.Paulo traz detalhes de uma megainvestigação sobre a facção
Uma
investigação do MPE (Ministério Público Estadual) de São Paulo, que durou três
anos e meio, apresenta informações detalhadas do funcionamento da facção
criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Interceptações telefônicas
mostraram que, pelo menos desde 2011, a facção planeja matar o governador de
São Paulo, Geraldo Alckmin. As informações foram publicadas no jornal O Estado
de S. Paulo, nesta sexta-feira (11).
Em
uma conversa ocorrida no dia 11 de agosto de 2011, às 22h37, um dos líderes do
PCC, o preso Luis Henrique Fernandes, o LH, comenta a facção está passando por
dificuldades.
—
Depois que esse governador (Alckmin) entrou aí o bagulho ficou doido mesmo.
Você sabe de tudo o que aconteceu, cara, na época que “nois” decretou ele
(governador), então, hoje em dia, secretário de Segurança Pública, secretário
de Administração, Comandante dos vermes (PM) estão todos contra “nois".
Ainda
de acordo com o jornal, em escutas recentes, a ordem de matar o governador foi
novamente mencionada por membros do PCC.
A
investigação do MPE mostra, ainda, que a facção, criada em São Paulo, tem
representantes hoje em 22 Estados brasileiros, além da Bolívia e do Paraguai.
Reunidas
pelos promotores do Gaeco (Grupo Atuação Especial de Repressão ao Crime
Organizado), as provas levaram às denúncias de 175 suspeitos e ao pedido de
internação de 32 presos no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado). Hoje, o PCC
domina 90% dos presídios de São Paulo
A
principal atividade desenvolvida pela facção é o tráfico de drogas. Mas os
documentos reunidos pelo MPE mostram que a rotina do grupo envolve diversos
outros crimes, como assassinatos, tráfico de armas, resgate de presos e
atentados contra policiais militares e autoridades. Ainda de acordo com a
matéria, o bando faz lobby e planeja entrar na política.
O
faturamento anual dos negócios é de R$ 120 milhões e colocaria a facção entre
as 1.150 maiores empresas do País. Só o tráfico de drogas movimenta cerca de R$ 8 milhões por mês. Outros R$ 2
milhões vêm de loteria e de contribuições feitas por integrantes.
O
MPE fez ainda um pedido à Justiça de que seja decretada prisão preventiva de
112 dos suspeitos. A Justiça de Presidente Prudente, no entanto, se negou a
decretar a prisão de todos os suspeitos, sob o argumento de que seria
necessário analisar mais detidamente as acusações.
O
mesmo argumento foi usado pela Vara das Execuções Criminais, que indeferiu o
pedido de liminar feito pelo MPE para internar toda a cúpula da facção no RDD
da Penitenciária de Segurança Máxima de Presidente Bernardes.
R7
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