Os três estudantes da USP (Universidade de São
Paulo) que ficaram
pelados durante manifestação feminista contrária a trote realizado no
campus São Carlos foram identificados pela universidade e indiciados pela Polícia Civil de São
Carlos pelo crime de ato obsceno. O caso já foi encaminhado à Justiça.
Os jovens foram ouvidos pelo
delegado responsável pelas investigações, Aldo Donisete Del Santo, do 3º
Distrito Policial. Caberá agora ao Judiciário decidir o que acontecerá com
eles. A pena para o crime de ato obsceno varia de três meses a um ano de
detenção. A punição pode ser revertida, pelo crime ser de menor potencial
ofensivo, a entregas de cestas básicas e prestação de serviço comunitário.
O termo circunstanciado no qual consta a acusação foi elaborado depois que o promotor criminal Marcelo Mizuno, do Ministério Público de São Carlos, anexou ao processo fotos dos estudantes pelados e simulando sexo. Por meio das imagens, entregues à polícia em 1º de março, os autores puderam ser identificados.
De acordo com a nota da universidade, o processo administrativo, que pode resultar na expulsão dos alunos, está em curso e deve ser finalizado em 60 dias. Ainda segundo a instituição, o assunto será alvo de discussões do Conselho Gestor do Campus, instância máxima da USP em São Carlos, que vai analisar o caso para decidir quais as providências serão tomadas.
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