O Observatório Sírio dos Direitos
Humanos vem divulgando constantemente os horrores da guerra na Síria.
Tendo se iniciado há mais de três anos, já resultou em 162 mil mortos e
mais de nove milhões forçados a saírem de suas casas.
No embate entre as forças do governo e
os rebeldes, de duas facções islâmicas distintas, os cristãos foram
pegos no fogo cruzado e são o grupo que mais sofre nessa guerra. Quando
os rebeldes invadem as aldeias e cidades cristãs da Síria, geralmente
punem seus moradores por não servirem a Alá e por serem aliados do
governo do presidente Bashar al-Assad, que nunca perseguiu os cristãos
do país.
Os guerrilheiros do exército do Estado
Islâmico no Iraque e na Síria (ISIS), vem chamando atenção da mídia
internacional pelas demonstrações de crueldade nesta guerra. Seu
objetivo declarado é criar um estado islâmico em áreas sunitas do Iraque
e na Síria.
No último final de semana, deram dois
sinais claros que as coisas estão saindo de controle novamente. Após as
eleições recentes, esperava-se que o ritmo da guerra diminuísse e a paz
fosse negociada.
Porém, foram divulgadas imagens da ação
do ISIS na província cristã de Aleppo, no norte do país. Nove homens
foram crucificados em público. A acusação era de apostasia (afastar-se
da verdadeira fé muçulmana). Um deles, que não teve seu nome divulgado,
conseguiu sobreviver depois de ficar crucificado por oito horas. Ele
contou que foram torturados após os jihadistas invadirem sua aldeia, e
condenados a pagar por sua falta de fé.
Os corpos dos demais homens ficaram na
praça principal da vila por três dias, como um sinal de força do ISIS.
No início do mês passado, foram divulgadas imagens de cristãos sendo
crucificados por soldados do ISIS na cidade de Raqqa.
Neste domingo (29), uma gravação postada
na internet anunciou para o mundo que os jihadistas do ISIS estão
restabelecendo o califado. Esse regime político, desaparecido há um
século, significa na prática que seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi, agora é
o califa, e portanto será o líder dos muçulmanos em todas as partes do
mundo.
Segundo o que essa organização
terrorista, que nasceu no seio da Al-Qaeda, tem divulgado, pretendem
instituir um regime fundamentalista islâmico em todo o Oriente Médio e
norte da África. Isso pode ser visto como uma declaração de guerra a
Israel, a quem eles prometeram aniquilar. Também pode ser encarado como
uma ameaça real a todos os cristãos que vivem nessas áreas.
Fonte: Telegraph, Yahoo e Gospel Prime
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