Em meio à tristeza pelos mortos, a esperança na vida eterna se fortalece
Nos últimos meses a guerra
civil na Síria matou mais de cem mil pessoas desde seu início, em março de
2011. Também fez com que quase dois milhões fugissem do país,
refugiando-se nos países vizinhos. Algumas agências humanitárias acreditam
que o uso de armas químicas na semana passada pode ser um divisor de águas. Ou
as Nações Unidas interveem e põem um fim ao conflito ou o número de refugiados
sairá de controle.
Em média, cerca de 3000 refugiados saem
diariamente pelas fronteiras da Síria. Entre as agências de socorro,
existem ministérios cristãos que estão trabalhando para aliviar o sofrimento
dos sírios. A rede cristã CBN visitou o trabalho no Vale de Bekaa, no
Líbano, onde se concentra a ONG evangélica “Coração pelo Líbano”. Ali existe
uma liberdade religiosa impensável para os que fugiram para o também vizinho
Iraque.
Embora o foco sempre foi a evangelização de
libaneses muçulmanos, nos últimos 18 meses eles se voltaram inteiramente para
anunciar a esperança cristã para os sírios. Citada na Bíblia como um dos
inimigos de Israel, hoje os seguidores de Jesus são menos de 10% dos 22 milhões
de habitantes da Síria. Ela figura entre os 10 países que mais perseguem os
cristãos no Oriente Médio, segundo a avaliação anual do ministério Portas
Abertas.
A ONU relata que 650 mil
refugiados sírios vivem hoje no Líbano. Isso significa que uma em cada
seis pessoas no país é um refugiado sírio. Obviamente, isso causa imensos
problemas sociais. Se não fosse a intervenção de organizações como a “Coração
pelo Líbano”, eles já teriam morrido de fome ou sede. Alguns chegaram lá apenas
com a roupa do corpo. Na Jordânia eles são 515 mil, número que equivale a quase
10% da população.
Esta é a pior crise humanitária no mundo de
hoje. Ninguém sabe quanto tempo a guerra ainda irá demorar e todos os
refugiados querem voltar para casa e saber notícias dos seus familiares e
amigos que ficaram para trás.
Em meio à tristeza pelos milhares de mortos
e feridos, a esperança na vida eterna se fortalece.
As agências cristãs têm oferecido ajuda material,
emocional e, acima de tudo, espiritual. Os muçulmanos estão ouvindo o evangelho
livremente, alguns pela primeira vez na vida. São muitos os testemunhos de
conversões.
Fátima é uma menina tímida de dez anos de
idade. Atualmente vive em uma barraca com as duas esposas de seu pai, e os 15
membros de sua família.
Nawal, missionário da Coração
pelo Líbano explica: “Fátima ganhou mais confiança. Ela fala com seus
amigos e professores com mais facilidade e sabe que Deus a ama
incondicionalmente. Sua fé em Deus ajudou-a a confiar em suas próprias
habilidades e a ajudou a superar as adversidades”.
Mohssen, de seis anos, é um dos estudantes
que recebem alimentos doados pelos missionários. Além de aprender a ler e
escrever, também ouve diariamente histórias bíblicas. Sua mãe diz que ele mudou
muito.
Esses são apenas alguns exemplos dentre as
crianças sírias que têm aprendido músicas, jogos e ouvido lições bíblicas. As
famílias atendidas pelos missionários são gratas pela alimentação recebida, mas
os adultos são mais resistentes ao ouvir falar de outra religião além do
islamismo.
Mesmo assim, mais de 25 mil Bíblias e 15
mil Novos Testamentos foram distribuídos aos interessados este ano, divulgou a
Christian Aid, outra missão cristã que trabalha junto aos refugiados. Além
disso, todos têm aceitado as orações feitas em nome de Jesus, que para os
muçulmanos é um importante profeta. Esse tipo de trabalho seria impossível na
Síria em outros tempos. Uma das maiores preocupações é discipular os milhares
de novos convertidos para que eles se mantenham firmes após voltarem para casa
com o fim da guerra.
Contudo, a longa duração do conflito tem
deixado as missões preocupadas. Muitas delas estão no limite, já tendo
investido todo o dinheiro que dispunham. Por outro lado, cada vez mais surgem
refugiados cristãos, que contam como foram obrigados a deixar o país.
Conforme revela um pastor sírio: “Sendo
cristãos ouvimos abertamente que não há mais lugar para nós, e somos atacados
por ambos os lados (governo e rebeldes). Sentimos muito medo”.
Semelhantemente ao que ocorre no Egito,
durante a guerra entre os que apoiam e os que se opõe ao governo, o país se
tornou uma terra sem lei, o que motiva os extremistas islâmicos a perseguir
matar cristãos indiscriminadamente. Com informações de CBN, CS
Monitor, JNS e Christian AID
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