A Polícia Civil
concluiu o inquérito que investigava o padre Emílson Soares Corrêa por
suspeita de abusar sexualmente de duas menores. Ele foi
indiciado por duplo estupro de vulneráveis. As vítimas, segundo as
investigações, são duas irmãs de dez e 19 anos, que tinham sete e 13, respectivamente,
na época em que os abusos teriam acontecido.
Já o
pai das jovens foi indiciado por tentativa de extorsão, já que é suspeito de
exigir dinheiro do padre para não divulgar um vídeo no qual o pároco aparece em
cenas de sexo com duas jovens, uma delas de 15 anos, na casa paroquial onde
morava, em São Gonçalo.
Na
próxima segunda-feira (4), a delegada Martha Dominguez, da Deam (Delegacia
Especial de Atendimento à Mulher) deve encaminhar o inquérito ao Ministério
Público, que vai decidir se oferece ou não denúncia contra Emílson e o pai das
jovens à Justiça.
Na
última sexta, o arcebispo de Niterói, dom José Francisco Rezende Dias e o
vigário geral Carmine Pascalle prestaram depoimento e confirmaram a tentativa
de extorsão contra o padre. Segundo a delegada, eles não falaram em valores,
mas informaram ter havido uma grande pressão da família das supostas vítimas.
Na
última quarta-feira (27), a jovem de 15 anos que foi filmada fazendo sexo com o
pároco em novembro do ano passado disse que mantinha relações sexuais com ele
havia pelo menos um ano, quando ela tinha 14 anos. Ainda de acordo com a
adolescente, os encontros aconteciam uma vez por mês e a menina costumava
receber dinheiro do pároco. Emílson nega as acusações.
Para a
polícia, não há crime, já que a menina era maior de 14 anos e não fez sexo com
o padre mediante violência ou grave ameaça.
Também
na quarta, a delegada Martha Dominguez indiciou o padre Emílson outra vez pelo
crime de estupro de vulnerável. Segundo a titular da Deam (Delegacia Especial
de Atendimento à Mulher) de Niterói, na região metropolitana do Rio, a jovem de
19 anos que denunciou o pároco prestou novo depoimento. Ela disse que os abusos
começaram quando tinha 13 anos, época em que foi batizada por ele. A jovem, que gravou um
vídeo tendo relações sexuais com o religioso, contou que o padre acariciava
suas partes íntimas e a obrigava a fazer sexo oral nele.
O
religioso já havia sido indiciado com base no depoimento da irmã de dez da
jovem . Segundo a criança, durante um passeio da igreja, o padre tocou suas
partes íntimas. Um exame de corpo de delito constatou que a menina permanece
virgem. À polícia, o padre admitiu manter relações sexuais com a jovem de 19 anos
desde o ano passado quando ela já era maior de idade.
Agentes
da Deam investigam se outras menores de idade foram abusadas sexualmente por
Emílson. Segundo o pai da vítima, outras meninas fizeram sexo com o pároco, mas
as famílias não quiseram procurar a polícia.
A
polícia também investiga o crime de exploração sexual, já que o padre costumava
dar presentes para uma jovem de 19 anos, com quem mantinha relações desde
quando ela tinha 15 anos.
Já o
pai da jovem de 19 anos e da menina de dez, supostamente abusada quando tinha
sete, foi indiciado por extorsão, na última terça-feira (26). Segundo o padre,
que apresentou três testemunhas, ele pediu dinheiro e uma casa para não
divulgar as imagens.
A
delegada Martha Domingues disse que vai pedir ao pai das meninas o vídeo, que
vai passar por perícia. Ela disse que pretende ouvi-lo sobre a denúncia de
extorsão e que pretende ouvir ainda uma jovem de 15 anos que aparece no vídeo
fazendo sexo com Emílson e a de 19 anos, que fez as imagens. O R7 tentou contato com o pai das
meninas, mas ele preferiu não se pronunciar.
A
polícia espera concluir o inquérito na próxima semana.
Padre foi afastado
A arquidiocese de Niterói informou que a "denúncia recebida acerca de padre Emílson Soares Corrêa está sendo averiguada. Após a acolhida da família e, tendo iniciado a apuração do caso, decidiu-se pela suspensão temporária do referido sacerdote no exercício de seu ministério. Obviamente, o padre não está responsável por nenhuma paróquia, já que foi completamente afastado de suas funções sacerdotais".
A arquidiocese de Niterói informou que a "denúncia recebida acerca de padre Emílson Soares Corrêa está sendo averiguada. Após a acolhida da família e, tendo iniciado a apuração do caso, decidiu-se pela suspensão temporária do referido sacerdote no exercício de seu ministério. Obviamente, o padre não está responsável por nenhuma paróquia, já que foi completamente afastado de suas funções sacerdotais".
A
Arquidiocese informou ainda que foi o próprio sacerdote que levou o fato da
denúncia ao conhecimento do Ministério Público para que apure os fatos.
O
advogado Roberto Vitagliano, que defende o padre Emílson, disse acreditar que o pároco foi seduzido pelas
jovens com quem manteve relações sexuais, a quem classificou de bonitas
e insinuantes.
— Eu acredito que ele tenha sido seduzido, sim. Se você ver essas meninas na internet, elas são muito bonitas, muito insinuantes. A Bíblia já diz que a carne é fraca e o padre é um ser humano.
— Eu acredito que ele tenha sido seduzido, sim. Se você ver essas meninas na internet, elas são muito bonitas, muito insinuantes. A Bíblia já diz que a carne é fraca e o padre é um ser humano.
Assista ao vídeo:
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